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ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ

POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Assentamentos dos Orixás no Candomblé

Todos assentamentos são periodicamente alimentados por sacrifícios e oferendas características de cada entidade, de forma a re-energizá-lo do seu Axé específico.


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Tal energia é armazenada nos pontos centrais do terreiro e utilizada para dinamizar novos objetos ritualísticos ou para a manifestação das entidades em seus filhos.
Assim, por extensão, o termo ‘assentamento’ também se refere à pedra fundamental do terreiro (onde por ocasião da inauguração são enterrados diversos objetos referentes ao santo da casa) e ao processo de iniciação ritual de um filho no santo (ou Iaô), para designar o momento em que a força mística do orixá é fixada na cabeça de um participante do culto. Temos, portanto três tipos de assentamentos distintos e três esferas de realimentação energética.

Todos candomblés tradicionais têm assentamentos da casa, aqueles pertencentes ao orixá a que o terreiro é dedicado.
Estes assentamentos são enterrados por ocasião da cerimônia de inauguração do local, na pedra fundamental da casa ou sob o ‘Ixé’, um mastro central onde se asteia a bandeira com os símbolos gráficos do orixá padroeiro.

Na entrada de todos terreiros, costuma existir uma Gameleira-Branca, árvore consagrada a Iroko (o Tempo), que é plantada segundo rituais prescritos e também deve ser considerada um assentamento da casa.

Este orixá responde pelas mudanças climáticas e meteorológicas, é uma espécie de guardião do terreiro.

Caso exista no local a presença de outras forças naturais (cachoeiras, rios, pedreiras, etc.) também podem haver assentamentos específicos para os orixás correspondentes.

Calendário e obrigações
De uma forma geral, estes assentamentos são alimentados Ossé anual - que é uma grande festa de limpeza do altar e de todo terreiro, quando são servidos alimentos ritualísticos especiais para todos os orixás - e nas festas públicas de cada um dos santos, conforme o calendário litúrgico tradicional.

Apesar do caráter semi-matriarcall das culturas africanas, o calendário litúrgico original do candomblé era marcado pelo advento das quatro estações climáticas:
com o solstício de inverno (junho) dedicado aos principais orixás masculinos (Ogum, Xangô, Oxalá)
e o solstício de verão (dezembro) consagrado aos orixás femininos (Iansã, Oxum, Yemanjá).
Nunca houve um único calendário para o culto dos orixás no Brasil, a fiscalização que os feitores das fazendas onde trabalhavam os escravos africanos exerciam e a repressão em geral aos cultos do candomblé fizeram com que os negros se adaptassem, da maneira que puderam, suas festas às cerimônias católicas.

Existem ainda no âmbito do terreiro: a tronqueira, o assentamento do Exú protetor da casa, e o Ilê-Saim, a casa dos mortos (eguns) que ainda estão identificados à vida material.
Esses assentamentos, que ficam sempre fora da área do terreiro consagrada aos orixás, não são alimentados anualmente, mas sim conforme o ciclo lunar de 28 dias e o ciclo diário das marés.
No candomblé, o Exú é a entidade que apresenta a freqüência mais densa do espectro (vermelho e preto), a única capaz de estabelecer uma ligação entre os homens e os orixás. Por isso, ele é requisitado para iniciar todas operações rituais do culto.

Cada orixá tem seus próprios exús, que funcionam como servos ou mensageiros, possibilitando o contato com as entidades.
Portanto, antes de qualquer oferenda para os santos, também é sempre feito um sacrifício aos exús correspondentes.
O objetivo deste sacrifícios é manter atuantes os axés dos assentamentos, as forças místicas dos orixás.
O assentamento de um orixá em um ser humano é realizada através de um processo cerimonial chamado de ‘iniciação’.
Estes processos são alimentados por obrigações, oferendas individuais de cada iniciado aos seus orixás tutelares ou a uma entidade com a qual esteja momentaneamente desarmonizado.

Além das cerimônias anuais do calendário litúrgico, existe um dia da semana consagrado a cada orixá, que pode ser usado para a entrega de obrigações individuais, feitas de comidas ofertadas e da realização de sacrifícios animais.

As restrições alimentares também condicionam simbolicamente esta identidade permanente entre os homens e os deuses: as proibições consistem em não consumir as substâncias que vibram na mesma freqüência do santo a que se está identificado.
Apenas no processo de iniciação estas substâncias são ritualmente ingeridas. Após este período, as comidas características de cada orixá são interditadas a seus filhos.
Caso o indivíduo não obedeça a estas restrições alimentares a que se encontra submetido e realize uma ‘auto-antropofagia simbólica’, ele sofrerá as quizilas (sensação de nojo, mal-estar).
Pelo mesmo motivo, a manutenção da identidade psíquica entre o Orixá e o iniciado, eram considerados incestuosos os casamentos entre os filhos de um mesmo santo.
Na África, visto que os candomblés eram verdadeiras identidades étnicas e haverem laços reais de parentesco entre os grupos que cultuavam uma mesma entidade, esta proibição tinha um sentido genético, além de cultural e intersubjetivo.

Mas não se deve pensar que os homens são prisioneiros de um comportamento estereotipado, meros instrumentos passivos dos deuses: “o santo também é possuído por seus filhos”, que têm um papel ativo, tecendo relações complexas entre os orixás e a comunidade, multiplicando as relações entre as próprias entidades.
O discurso dos iniciados traduz esta reciprocidade claramente.
Do mesmo modo que se fala do ‘seu’ santo, costuma-se comentar também que ‘se é o próprio santo’: “o Xangô de fulano é rebelde”; e inversamente: “Beltrano é um dos Ogum da casa”. Ou seja: ao mesmo tempo que os deuses são designados como propriedades dos seus filhos, os iniciados também são propriedades dos orixás com que estão identificados.
Ocorre, assim, um jogo constante de trocas entre o indivíduo concreto e o princípio abstrato que ele manifesta.
Há, portanto, uma reciprocidade simbólica muito dinâmica entre a entidade e a pessoa.

E é esta reciprocidade que se desenvolve simultaneamente em três níveis -
o ciclo anual de ‘firmeza’ da casa,
o ciclo mensal de realimentação energética dos fetiches e dos abôs,
e o ciclo semanal das obrigações individuais decorrentes da iniciação.
E este último ciclo, no entanto, acabou simplificando todo sistema múltiplo e selvagem do Ifá em um sistema de sete vibrações principais.

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